Eu era uma Borboleta, tinha asas longas e azuis que brilhavam e me deixavam feliz. Minhas asas eram meu maior orgulho, voava com elas para onde queria, meu nome era Liberdade.
Meu caminho eu mesmo escrevia, minhas vontades eu simplesmente seguia, as brisas, a chuva, o sol, todos alegravam meu caminho.A borboleta vive muito tempo sozinha isso é uma verdade, mas o que conta pra ela é voar e ver um lugar novo todos os dias.
Liberdade é o que ela mais ama, é o que eu era.
Perdi minha liberdade presa em uma teia muito maior do que eu, minha liberdade foi presa por uma teia formada por: Hipocrisia, maldade, ignorância e principalmente sofrimento, o meu próprio sofrimento.
Eu liberdade fiquei atada, presa aos interesses de aranhas, que me prometiam liberdade, fingi não ver a maldade nelas, fechei meus olhos e sorri.
Presa naquela teia fina que me movimentava aos poucos, machucava minhas asas, me transformava em uma delas.
De dia, sorria, andava e falava como uma das aranhas, espalhadas pelas minhas asas, longas cicatrizes jaziam, por cima do mais puro azul agora sujo. De noite, chorava, desesperada puxava a teia tentando me soltar, mais machucados em cima de minhas asas, a Liberdade finalmente aprisionada.
Dias, meses, anos, danos tão profundos que jamais poderia voar novamente, era uma delas, sufocada com a idéia, incapaz de poder sentir as brisas, Liberdade quis morrer.
Já não era mais por elas, agora era por mim, quem me salvaria de mim mesma?
Parei de procurar, de sorrir, de fingir, a borboletinha perdeu o brilho, as aranhas me deixaram de lado, fui usada e descartada.
Largada de canto, sem poder voar, sem forças pra chorar, sem emoção, abandonada de qualquer coisa que já tinha sido, Liberdade meu nome, só era um nome não significava mais nada, nem em meus sonhos eu era livre novamente.
As aranhas tinham conseguido algo novo, estavam contentes tentando machucar o novo brinquedo, elas eram boas em sussurrar mentiras, mais o novo brinquedo ignorava as mentiras e ofuscava-as com a verdade.
Era irritante para elas, suas tentativas frustradas só mostravam como elas eram feias, e eu Liberdade me mantinha quieta encolhida, elas descontavam em mim suas frustrações, me diziam maldades falsas e verdadeiras, torturavam minha mente, minhas asas.
O novo brinquedo veio depois de uma dessas seções, eu tentava sorrir mais era um sorriso quebrado, ele me olhou bravo, quase como se seus olhos significassem ódio, tremi de medo.
Seu nome era Verdade, sua luz era vaga mais muito forte quase ofuscante.
A meses não conversava, minha voz era quase um sussurro infantil do que já tinha sido, ele me odiou por isso.
Conversar com ele era como tomar tapas no rosto, faziam meu rosto arder e as vezes sangrar, mais também me fazia viva.
Ele me dizia a verdade, e isso era brilhante, me animava, por que a verdade é um tipo de Liberdade, e cada vez mais eu me senti viva.
As aranhas quando perceberam boa parte da teia já ido embora, minhas cicatrizes longas tinham virados padrões negros por cima do azul brilhante.
Minhas asas eram pesadas e era dolorido abrir elas, mais eu conseguia, meu amigo Verdade sorria para mim, ele não me odiava, ele me amava, ele amava a Liberdade de dizer o que ele queria, era por esse amor que eu iria voar novamente.
Liberdade.
Este texto foi escrito por mim, no dia 22/10, é totalmente de minha autoria. A imagem eu achei no Google.
Agradeço quem leu! Tenham um ótimo final de Semana.
Gehlinho.
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